Mario Ezequiel, o Tio Mário, diz que é "Barrafundeiro
nato”.
Nascido em 12 de Novembro na Rua Sérgio Thomás na
Barra Funda de baixo comandou o movimento de samba nas Perdizes, no morro da
Calábria, e é também um dos dissidentes do Cordão Campos Elíseos onde seu irmão
conhecido como “Panca” foi o apitador de bateria. Tio Mario foi tocador de
surdo do Cordão Campos Elíseos e ajudou Seu Inocêncio Tobias a fundar a Escola
de Samba Camisa Verde e Branco e sempre diz orgulhoso que é mais velho de Samba
do que a própria Escola.
Crescido entre batuqueiros de Tambu e de sambas
de umbigada de Piracicaba e Tietê, cidades natal de seus pais, as influências
rítmicas e melódicas dessa cultura “afro-bantu-brasileira” estão muito
presentes em suas composições.
É impossível não comparar Tio Mario aos grandes
Grious da cultura afro-brasileira pois, ele sempre nos transmite através da
oralidade, sabedoria e conhecimento ancestral a significativa importância da
contribuição da cultura negro-africana e afro-brasileira para o processo de
criação dos principais símbolos de identidade nacional que, no Estado novo de
Getúlio Vargas, elege o Samba como música popular brasileira!
Atualmente Tio Mário reside no bairro do Limão em
um dos mais importantes e respeitados redutos do Samba em São Paulo a Vila
Carolina onde foi um dos principais protagonistas na fundação do Bloco
Carnavalesco Navio Negreiro de vila Carolina.
Tio Mario, ou Marião como também é conhecido, têm
o inconfundível andamento dos sambas de "pés no chão" e sempre diz: “Na Barra Funda é a batida tradicional, não tem jeito, vem do
tambu, da umbigada, do samba paulista".
As mãos negras e fortes sempre estão batendo uma na outra para marcar um ritmo de um novo samba que compôs cantarolando uma melodia enquanto os versos vão saindo: com tantas coisas belas/ com tantas coisas lindas é você/ companheira do jasmim/ foi pensando em ti/ que eu tive inspiração/ para fazer este samba canção. Neste sentido, podemos afirmar que Tio Mario é uma das joias mais preciosas que temos, não apenas no Samba, mas também, na cultura “afro-bantu-brasileira".
As mãos negras e fortes sempre estão batendo uma na outra para marcar um ritmo de um novo samba que compôs cantarolando uma melodia enquanto os versos vão saindo: com tantas coisas belas/ com tantas coisas lindas é você/ companheira do jasmim/ foi pensando em ti/ que eu tive inspiração/ para fazer este samba canção. Neste sentido, podemos afirmar que Tio Mario é uma das joias mais preciosas que temos, não apenas no Samba, mas também, na cultura “afro-bantu-brasileira".
“...na Barra Funda é a batida tradicional, não tem
jeito, vem do tambu, da umbigada, do samba paulista".
(Tio Mario)
T. Kaçula
(Sambista e Sociólogo)
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