terça-feira, 29 de março de 2011

Se tem dinheiro vai, se não tem que fique aí!

É impressionante como as informações desencontradas podem ocasionar uma deturpação arquitetada por conta do narcisismo e vaidades que dominam uma pequena parcela de nossa sociedade. As apropriações indébitas e segmentaríamos envolvendo uma das mais importantes manifestações culturais do nosso país preocupa e abre enormes precedentes para discutirmos pautas muitas vezes esquecidas como “manipulação” política e alienação social por meio de veículos de comunicação de massa. Sabemos que o Carnaval é uma das maiores manifestações culturais do mundo e, aliado ao samba no Brasil, se transformou em um dos maiores espetáculos da terra. Em São Paulo, o Carnaval teve uma influência fundamental do Samba Rural ou Samba de Bumbo que sempre teve como referência ancestral e força motriz a Cidade de Pirapora do bom Jesus por todo seu aspecto de tradicionalidade e referência por ser considerada a Cidade “célula mãe” do samba paulista. No ultimo carnaval, a Cidade de Pirapora do Bom Jesus, através de sua Secretaria de Turismo e Cultura, organizou uma agenda cultural para os três dias de carnaval onde, na ocasião, as atividades musicais seriam desenvolvidas por seis comunidades de samba de São Paulo que, de prontidão, aceitaram o convite para desenvolverem suas ações culturais sem mesmo pensar em repasse de orçamentos para que as atividades pudessem se realizar. Por uma questão de logística, e só por este motivo, a realização das atividades foram suspensas e remanejadas para uma nova data onde os parceiros que se prontificaram voluntariamente para o desenvolvimento cultural e musical da mesma já confirmaram presença. Quando nos deparamos com ações conscientemente articuladas e politicamente arquitetadas por parte de algumas lideranças formadoras de opinião, percebemos claramente que os fundamentos intelectuais do grande pensador Karl Marx se fazem presente quando observamos que, o principal motivo de uma pequena parcela de nossa sociedade fazer apontamentos positivos quando são convenientes ao seu próprio interesse e apontamentos negativos às ações de interesse popular, estão preocupados única e exclusivamente com “O Capital”. Outros assumem o papel de crítico por conveniência ou mesmo por interesses políticos e, chegamos até a lembrar uma moda que faz parte da história cultural da cidade de Pirapora que diz: “Oi Pirapora oi Barueri, quem tem dinheiro vai, que não tem que fique aí”, mas no caso desses simpáticos visitantes, a moda deveria ser: “Oi Pirapora oi Barueri, “se” tem dinheiro vai, “se” não tem que fique aí”. Chega até parecer que uma das mais conhecidas máximas populares se encaixa perfeitamente com o fato em questão que diz: pagando bem, que mal tem! Um lugar comum, uma região de conforto. Contudo, acreditamos ser possível a realização de diversas ações sócio-político-culturais que venham convergir com os interesses da maioria menos favorecidas que, visivelmente está desde gestões anteriores carentes de políticas públicas na esfera cultural. Percebemos nitidamente os esforços da atual gestão em dialogar de perto com os ativistas culturais e fomentadores da história e da memória política tanto do samba, quanto da peculiaridade e ruralidade que faz de Pirapora não apenas a Cidade merecidamente conhecida por ser a matriz do Samba paulista como, também, a Cidade dos milagres e, acompanhando as ações e empenho desprendidos pelos atuais gestores, podemos dizer literalmente que em Pirapora milagres acontecem!


Patak, Ori.


Asè!


T. Kaçula.

2 comentários:

  1. Parabéns, Kaçula. Vc é orgulho de nossa geração. Cadê a recomendação do site do seu escritório de advocacia?? rs.

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  2. Parabéns T.Kaçula pelo seu ótimo trabalho continua sendo essa pessoa que você é simples e humilde, sou muito seu fã, Eu acho você um dos maiores representante do samba paulista. Por favor me avisa quando for tocar, em qualquer lugar vou. Um forte abraço e muito sucesso

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